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Indústria de Anápolis se firma na segunda posição em Goiás

Geração de riquezas do setor industrial anapolino chegou a R$ 4,98 bilhões em 2021, segundo estudo do Instituto Mauro Borges





A geração de riquezas no setor industrial de Anápolis é a segunda maior entre os municípios goianos, atrás apenas da capital, Goiânia. O Valor Adicionado (VA) anapolino do setor representa 9,4% do total estadual. Os dados são de estudo do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), do Governo de Goiás, com base nos resultados do PIB apresentados pelo IBGE e relativos a 2021.



O VA da Indústria de Anápolis está a frente de uma concorrente direta, Aparecida de Goiânia, que perdeu uma posição no ranking do IMB e hoje é quarta colocada em Goiás, atrás de Catalão, que representa 7% do total estadual. Já a Indústria de Aparecida participa com 6,7%.


Anápolis manteve em 2021 o mesmo percentual de 2020, embora em termos reais a geração de riqueza no setor industrial tenha apresentado uma oscilação positiva na cidade: de R$ 4,45 bilhões para R$ 4,98 bilhões.  


Segundo o IMB, o principal segmento de Anápolis é a Indústria de Transformação, em que predomina a atividade de farmacêuticos e químicos, alimentos e demais atividades. O polo farmacêutico instalado no Daia emprega mais de 11 mil trabalhadores. Das 33 indústrias do setor em Goiás, 21 estão em solo anapolino. Além de atender o mercado nacional, elas exportam seus produtos para diversos países. 


No ano passado, apenas uma empresa do Daia, a Brainfarma, maior fabricante de medicamentos da América Latina e subsidiária da Hypera Pharma em Goiás, inaugurou estrutura que teve investimento de R$ 416 milhões, chegando a uma capacidade de produção de 38 milhões de unidades de medicamentos por ano, como colírios e remédios injetáveis, que necessitam de alto grau de esterilização. 


Em linhas gerais obtém-se o cálculo do Valor Adicionado (VA) pela diferença entre as vendas brutas e o valor total dos insumos ou produtos adquiridos de terceiros (ou seja, o lucro). Esse valor é utilizado, na macroeconomia, para a composição do Produto Interno Bruto (PIB).

 

DUAS POSIÇÕES


O estudo do IMB mostra que município de Catalão subiu duas posições, alcançando a terceira colocação, em 2021, com participação de 7% no VA da Indústria, com um aumento de 1,5% em relação ao ano anterior. O avanço se deu, principalmente, pela Indústria de Transformação. São destaques na cidade as atividades de farmacêuticos e químicos, além de automóveis.


O IMB explica que o setor da Indústria é composto pelos segmentos de Extrativa Mineral; Indústria de Transformação; Geração e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana e Construção. Em Goiás, no ano de 2021, essas atividades somaram R$ 53,006 bilhões de VA, com acréscimo de R$ 5,881 bilhões em relação a 2020. Em volume, apresentou queda de 1%, ante uma alta de 0,4% em 2020. 


O estudo mostra ainda que a participação da Indústria na economia goiana reduziu de 28,3% em 2010, para 22,3%, em 2021, ou seja, houve perda de 6%. Essa redução é resultado, principalmente, da perda de participação da construção e da produção e distribuição de eletricidade, porém, todos os segmentos perderam participação ao longo desse período. Os dez municípios com maior participação na Indústria representaram 59,1% do VA gerado por esse setor em 2021, enquanto que, no ano anterior, representaram 57,5%.


Já em relação ao VA do setor de Serviços, Anápolis ocupa a terceira colocação em participação em Goiás, com 7,2% e geração de riquezas de R$ 7,61 bilhões em 2021. Goiânia lidera com 32,8% (R$ 34,79 bilhões), seguida de Aparecida de Goiânia, com 7,7% (R$ 8,17 bilhões). 


O levantamento do IMB indica que em Anápolis o VA de Serviços teve ganho de participação em três segmentos no ano de 2021: comércio, manutenção e reparação de veículos automotores e motocicletas; atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares; e saúde privada. 


Também houve perda de participação em alojamento e alimentação; transporte, armazenagem e correio; serviços de informação; intermediação financeira; atividades imobiliárias; educação privada; artes, cultura, esporte e recreação, outras atividades de serviços e serviços domésticos.

 

RANKING


Levantamento do IBGE mostrou que Anápolis segue com o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás, com 6,6% de participação estadual, somando R$ 17,78 bilhões em 2021. O primeiro lugar foi de Goiânia, com 22,2% de participação e PIB de R$ 59,86 milhões. Já a terceira posição ficou com Aparecida de Goiânia, com 6,3% do PIB goiano, o que representa R$ 16,97 bilhões.


Anápolis é a segunda colocada, mesmo com percentual populacional menor que Aparecida: 5,5% do total de Goiás, ante 8,4% da cidade que fica na região metropolitana da capital. 


Entre os 100 maiores PIBs do Brasil, encontram-se quatro municípios goianos: Goiânia (15º), Anápolis (75º), Aparecida de Goiânia (80º) e Rio Verde (82º). Segundo o IMB, os dez maiores PIBs municipais, em 2021, representavam 55,3% do PIB estadual, com mesma participação no ano anterior, e concentravam 48,9% da população do Estado.  


O instituto aponta que há uma tendência de diminuição de participação dos dez maiores PIBs municipais no total do Estado, pois, em 2010, essas economias representavam 60,5% do PIB estadual e concentravam 46,6% da população. Isso sinaliza um movimento de desconcentração da produção, principalmente em Goiânia, que apresentou perda de participação de 0,9% em 2021, comparado ao ano anterior. 


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